O casamento da minha melhor amiga
Conheci a Ale há dez anos, quando fizemos teatro juntas, no grupo da Cultura Inglesa. Este grupo, uma das minhas memórias mais queridas da adolescência, trouxe um monte de coisas especiais à minha vida, sendo que uma delas é os amigos que ficaram até hoje.
Explicar uma amizade como a nossa, tão longa, cheia de histórias e afetos, não seria tarefa fácil para umas poucas linhas. Quando ainda éramos adolescentes sonhando com amores impossíveis e namoricos de fim de tarde, ela estava lá. Como companhia para almoços e para ir ao cinema (bons tempos de tardes no frei caneca, de dividir pipoca doce e mil comentários sobre a vida), como confidente, como ombros e apoio. Ela me ligava quando eu estava em Londres para me dar força, quando foi morar na Venezuela eu não via a hora de ela voltar, e ela foi um dos motivos de eu querer deixar Paris para trás. Compartilhamos o signo, mil desejos de viagens, sonhos, filosofias.
Acompanhei sua história de amor com o Pedro desde o comecinho. E sempre fiquei feliz de ver que minha amiga tinha encontrado um cara tão bacana. Quando eles vieram à minha casa me convidar para ser madrinha, eu estava de malas prontas para partir, e eu disse que não saberia se estaria aqui no dia. ‘Nós sabemos disso, mas achamos que você valia a pena correr esse risco’. E eu voltei.
Trouxe presente e vestido de lá, escolhidos com todo o carinho do mundo. Ajudei em preparativos, reforma do apê, prova do vestido, escolhas de decoração. E eu adorava participar de cada detalhe, como se fosse meu próprio casamento!
No dia da cerimônia, que não foi nem um pouco tradicional, cada padrinho representava uma etapa. A minha foi a aliança, e eu preparei um texto especial para o casal, para abençoar aquele momento de união, tão lindo e cheio de significados. Não consegui conter a emoção em vários momentos, tão mágico foi aquele dia, cercado de pessoas queridas e a celebração do que há de mais belo no mundo: o amor.
Para a Ale e para o Pedro, os desejos de mil felicidades. Para nós, um pouquinho mais de fé. E para notas futuras: envelhecer sem perder a ternura. Jamais.
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PS: o casamento teve um sabor ainda mais especial porque Lissa, dona deste blog tão amado e amiga-gêmea, estava lá e fez as fotos. Quando a indiquei para a noiva, que ainda não a conhecia, eu disse ‘enxergamos o mundo da mesma maneira, é como se eu estivesse fotografando tudo!’ E assim foi, :)
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E já que a Nath começou a propaganda, eu termino :]
Clique aqui para ver as fotos desse casamento e de outros tantos :)
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(Drops singulares é sessão colaborativa da Nath, dona do querido Drops de Anis).